Negociações Comerciais Entre EUA e China Avançam com Progresso Substancial, Diz Secretário do Tesouro Americano

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O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciou neste domingo (11) que as negociações entre os Estados Unidos e a China avançaram significativamente, com progresso substancial após dois dias de encontros em Genebra. Bessent descreveu as conversas como "produtivas", mas não forneceu detalhes específicos sobre os acordos alcançados. Ele prometeu divulgar mais informações em uma coletiva de imprensa marcada para esta segunda-feira (12), enfatizando que o presidente Donald Trump está "totalmente ciente" dos resultados.

Reuniões para Reduzir Tarifas e Déficit Comercial

Os encontros em Genebra contaram com a presença de Bessent, o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, e dois vice-ministros chineses. Segundo Greer, as conversas resultaram em "um acordo fechado com nossos parceiros chineses", que ajudará a reduzir o déficit comercial global de bens dos EUA, atualmente em cerca de US$ 1,2 trilhão.

Greer destacou que o ritmo das negociações foi surpreendentemente rápido, sugerindo que as diferenças entre os dois países "talvez não fossem tão grandes quanto se pensava inicialmente". Ele também descreveu os representantes chineses como "negociadores duros", mas reconheceu que ambos os lados demonstraram disposição para encontrar um terreno comum.

Primeiro Encontro Presencial Desde a Escalada Tarifária

Esta foi a primeira vez que Bessent, Greer e He Lifeng se reuniram pessoalmente desde que EUA e China impuseram tarifas superiores a 100% sobre uma série de produtos importados. Embora Bessent tenha afirmado que essas tarifas precisavam ser reduzidas para aliviar as tensões comerciais, ele não detalhou os cortes acordados e evitou responder a perguntas da imprensa sobre o tema.

China Disposta a Reequilibrar Relações Comerciais, Diz Conselheiro da Casa Branca

Kevin Hassett, conselheiro econômico da Casa Branca, comentou anteriormente que as autoridades chinesas estão "muito, muito ansiosas" para restabelecer as relações comerciais com os EUA. Segundo ele, "os chineses estão ansiosos para cooperar e normalizar as relações comerciais", o que pode ser um passo importante para reduzir o atual déficit comercial de US$ 295 bilhões entre os dois países.

Hassett também mencionou que novos acordos comerciais com outros países podem ser anunciados ainda esta semana, refletindo uma tentativa dos EUA de diversificar suas relações comerciais e reduzir a dependência de produtos chineses.

Trump Avalia as Negociações Como Positivas

O presidente Donald Trump também expressou otimismo em relação às negociações. Em sua plataforma Truth Social, Trump descreveu as conversas como "uma reinicialização total" e afirmou que ambos os lados negociaram de forma "amigável, mas construtiva". Ele destacou que o progresso foi significativo e que os EUA buscam uma abertura maior do mercado chinês para os negócios americanos.

"Queremos ver, para o bem da China e dos EUA, uma abertura da China aos negócios americanos. GRANDE PROGRESSO FEITO!!!", publicou Trump.

Próximos Passos e Novos Acordos em Vista

Hassett também sugeriu que novos acordos estão sendo desenvolvidos, além do recente pacto com o Reino Unido. Segundo ele, o secretário de Comércio, Howard Lutnick, informou que "duas dúzias de acordos pendentes" estão em fase avançada de negociação, cada um com características próprias, mas alinhados ao objetivo de reequilibrar as relações comerciais americanas.

O Contexto das Negociações em Genebra

As reuniões ocorreram na vila do embaixador suíço na ONU, localizada em Cologny, nos arredores arborizados de Genebra, com vista para o lago que leva o nome da cidade. A escolha da Suíça como sede das negociações foi estratégica, após visitas recentes de políticos suíços tanto à China quanto aos Estados Unidos, reforçando o papel neutro do país como facilitador do diálogo.

Conclusão

Embora as declarações de Bessent e Hassett apontem para uma possível redução das tensões comerciais entre EUA e China, muitos detalhes ainda precisam ser revelados. As tarifas continuam a ser um ponto crítico, e os próximos anúncios prometem definir o rumo das relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

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